VOYEURISMOS, INDISCRIÇÕES E DESCRIÇÕES
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junho 08, 2009

NVim para este apartamento há uma semana, mas foi o tempo suficiente para me aperceber que o prédio defronte é um viveiro de emoções.
Há um casal de uma certa idade, provavelmente reformados, o homem passa bastante parte do dia à janela, de camisola de cavas. Isto no 4º andar.
Ao lado, uma mulher sózinha. Tem um gato que costuma tomar sol na parte da manhã, sempre colado aos vidros. Ela chega no final da tarde, escancara as janelas. Ainda não me apercebi que receba visitas, nem mesmo no fim de semana.
No 5º uma familia monoparental. O miúdo grita bastante da janela para quem passa na rua, dá tiros com uma pistola de plástico preta e imita o som dos disparos avisando quem morreu. Os pais chamam-lhe a atenção insistentemente, consigo ouvi-los da minha casa. A mulher parece ser uma pessoa nervosa. Arrasta o filho para dentro aos safanões.
Contígua é a janela de uma jovem, provavelmente trabalhadora-estudante. É uma agitação constante de gente a entrar e a saír e no fim de semana houve festa, dava para escutar a musica, as gargalhadas, os guinchos.
Mas quem me prendeu a atenção, definitivamente, foi o inquilino do andar acima, o 6ºdireito.
Homem estranho... Parece conversar com alguém mas nem vislumbre de quem seja.
Vou ter que estar atento.

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