VOYEURISMOS, INDISCRIÇÕES E DESCRIÇÕES
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junho 10, 2009

NHoje cruzei-me no passeio com a jovem do edificio da frente, a estudante.
Confirma-se: Levava livros de estudo, em inglês. Resta saber se será um curso de linguas o que frequenta.
É bonita. Nada dessas belezas estonteantes, mas com um sorriso que parece aparecer a qualquer momento e com as faces coradas. Magrita. Imagino que a vida lhe seja uma correría e pelo exemplo do final de semana, não deve ter grandes preocupações com a alimentação e o sono. Há que viver, rápido e intensamente.
Esquece-se muitas vezes de correr os estores, fechar as cortinas. Com a luz acesa consigo ver tudo o que se passa na sua casa, nem se deve lembrar que a sua intimidade fica completamente exposta. Ainda não a vi nua, mas de lingerie sim, mais do que uma vez.
A questão é se mais alguém para além de mim também a vê.
Eu não faço nada para além de olhar, mas há por aí muita boa gente completamente tarada.
É que os criminosos são pessoas como eu, como ela, não trazem nenhum rótulo na testa a avisarem quem são, das suas intenções, dos seus desvios. E vivem em prédios como o meu, como o dela.

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