VOYEURISMOS, INDISCRIÇÕES E DESCRIÇÕES
.
.
.
.
.
.

julho 22, 2009

NOs cortinados não voltaram a abrir-se nem o gato regressou ao seu sitio para tomar o sol da manhã.
Está tudo tão imóvel que quase dá medo.
Ou serei eu que tenho medo de que esta mulher tenha repetido o mesmo desvario e desta feita levou o pobre do gato até ao seu inferno privado. Ou não foi nada disto e estou somente a deixar-me levar pelo correr da imaginação, que diga-se, é veloz.
É certo que um dos predicados para esta ocupação é a recolha de factos, o que se vê é a minha verdade, nada mais lhe devo acrescentar; mas sem a imaginação a fluír como podería eu apimentar o que não vejo e até mesmo, concluír sobre os tais factos?
São dois lados da mesma moeda, absolutamente necessários para esta actividade.
Se até amanhã os cortinados não se descerrarem, vou fazer pesquisa no campo. Por outras palavras: Vou ao café, à padaria ouvir o que se comenta. Talvez saiba alguma coisa.

3 comentários:

observatory disse...

quem sabe partiu de ferias

ou anda metida com o vizinho do 5º :))))

MagyMay disse...

Se amanhã fores ao café, padaria, supermercado para a tal "pesquisa de campo" (ou seja refinada cusquice)... armo-te cavaleiro e elevo à condição de Cusco-Mor!!!

casa de passe disse...

Tem a certeza de que a criatura não saíu sem você dar conta? Pode muito bem ter resolvido ir uns dias para fora espairecer.

Ou então, é uma hipótese remota mas que pode acontecer, apercebeu-se de que há um gajo sempre a coscuvilhar e, sendo uma gaja com imaginação resolveu não aparecer uns dias para ver a reação dele.

Ou então é outra coisa qualquer. Vá lá à mercearia e Depois venha contar à gente.


Ernesto, o avô