VOYEURISMOS, INDISCRIÇÕES E DESCRIÇÕES
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julho 24, 2009

NNada. Fiquei a saber tanto quanto sabía.
Como não posso fazer perguntas tenho que me limitar a escutar eventuais comentários que possam surgir sobre a minha solitária.
Pois é... Passado algum tempo adquire-se o direito de chamar os observados de nossos, já fazem parte da vida de quem os vê, os meus vizinhos deixem de ser os habitantes do prédio da frente, são os meus solitários, os meus velhotes, a minha estudante.
Mas da pesquisa que fiz não trouxe nada para mim, para os meus.
Apanhei de novo a loura espampanante na padaria, os beijinhos repenicados, o mesmo diálogo trocado com a padeira sobre o Sr.Doutor. Fiquei a saber que o cantor de ópera só regressa daqui a um mês ou mais e sai logo outra vez, pelo que a partir deste momento terei que fazer constar a loura dos seios opulentos como pecúlio dos meus olhos.
Não é uma mulher interessante. Do ponto de vista do percurso comum de um voyeur, digo. É muito artificial, muito ensaiada, parece como o real proprietário do imóvel onde está instalada, que estudou muito bem o guião.
Ah! Da solitária não trouxe novas, mas fiquei a saber que não há qualquer relação de parentesco entre a loura e o cantor. Apenas amigos, como ela referiu muuuuuuito bons amiiiiigos!

1 comentário:

MagyMay disse...

Bem mas sempre ficaste a saber qualquer coisita mais da "tua" loira e do teu "doutor". Quanto à "tua" solitária, aplica-te, esforça-te mais um pouquinho que consegues.
Força!!!!