VOYEURISMOS, INDISCRIÇÕES E DESCRIÇÕES
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julho 10, 2009

NO homem que fala sózinho saíu bem cedo do prédio a arrastar uma enorme mala vermelha de viagem.
Pouco depois chegou um táxi. O motorista guardou-lhe a mala na bagageira e partiram.
Olhei para os estores: Tudo corrido. Pelo que concluí que efectivamente mora sózinho e deve ter uma paranóia qualquer, ninguém fala sózinho por tanto tempo e tão constantemente.
Embora não seja condição para se ser um criminoso, fico sempre a achar que este tipo de pessoas tem uma apetência para fazer mal, o que é uma ideia completamente errada.
Muitos dos que connosco se cruzam na vida e habitam no mesmo edificio que nós, aparentemente de aspecto normal e trato dócil, são exactamente os mesmos que cometem os crimes mais horrendos. Ninguém, mas ninguém, tem um letreiro a avisar que é um facínora e não é de todo o aspecto facial, o denominador comum do que atenta a vida de terceiros.
Estava eu nestas considerações quando os estores se começaram a erguer, lentamente, aos puxões.
Fiquei surpreso. Será que tinha voltado?
Em frente, uma mulher louríssima apareceu diante dos meus olhos.
Mas o que é isto?
Sai um maluco que fala sózinho e entra uma beldade destas?
Isto promete...

1 comentário:

MagyMay disse...

Eu já falei sozinha...eu tenho dias em que grito para o espelho de manhãzinha...
Eu não sou criminosa...mas também não sou loiraça, podes crer!!