VOYEURISMOS, INDISCRIÇÕES E DESCRIÇÕES
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julho 12, 2009

NA loura conforme assomou assim desapareceu.
Mas os estores desde esse dia que estão recolhidos e a janela aberta.
À noite e com a luz acesa, já lhe vi a silhueta passar para cá e para lá, nota-se uma cintura fina, um busto proeminente (e de que maneira!).
Não saiu, estive atento à porta do prédio e só a estudante se enfiou no carro do tal namorado que sai sempre em grande estilo.
A loura esteve até bem tarde na sala, tinha a televisão ligada, dava para se ver aqueles clarões que os aparelhos emitem conforme mudam a imagem.
Por volta das três da manhã, a luz apagou-se, ficou tudo escuro. Pensei em recolher-me, por ali nada mais havía para observar.
Foi nessa altura que me apercebi de uma particula minuscula incandescente, umas vezes mais viva outras nem tanto.
A loura fumava.
Depois dos meus olhos já se terem habituado ao escuro da noite (não havía luar e algum engraçadinho atirou uma pedrada ao candeeiro da rua e ninguém da Camara veio substituír, apesar de eu já ter ligado duas vezes), reparei que a loura estava em camisa de noite, um grande decote, uns grandes atributos. Mas o extraordinário, era que a loura com a mão por dentro do decote não parava de se mexer, de um seio para o outro, depois por cima da camisa de noite, de novo por dentro e assim esteve até o carro do namorado da estudante chegar com uma bruta travagem e a rapariga entrar no prédio e a bater a porta.
A loura recolheu-se e eu tive grandes dificuldades em adormecer.

1 comentário:

MagyMay disse...

Pois, isto de espreitar as janelas alheias (e loiras) tem os seus custos, como seja a tal de dificuldade em adormecer...o que é muito, muito aborrecido!!!