VOYEURISMOS, INDISCRIÇÕES E DESCRIÇÕES
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junho 26, 2009

NA loucura da juventude não tem comparação com mais nenhum tipo de outras loucuras. Há uma ingenuidade misturada com esquecimento e distracção que abstraíndo o factor risco, lhe confere um brilho muito especial.
A estudante está acompanhada.
E a loucura é tanta que se esqueceu de fechar os estores ou pelo menos correr os cortinados. Permite desta forma que a sua intimidade seja compartilhada, o que passa a ser uma ménage à trois. Ou à quatre. Ou até quantos mais pares de olhos passem pela sua janela e fiquem a admirar o acto da cópula que se reproduz vigoroso e durável.
Devem ter entrado e a pressa era tanta que não passaram da sala. Preliminares para todos os gostos, oral requintado ainda meio-vestidos, meio-despidos e depois uma nova serventía à mesa de jantar. Realmente não está mal pensado, aquilo é lugar de refeição...
Já caíu o escuro da noite e acenderam um candeeiro, que pela luz que emite deve ser pequeno, mas que permite a quem se dedica às actividades do ver, a ter um panorama tão bem iluminado como um palco.
Estão naquilo desde o inicio da tarde. Não posso negar que me perturba, que me excita, tanto mais porque é a primeira vez que vejo a minha vizinha tal como veio ao mundo e as posições acrobáticas a que se entregam são as mais das vezes do imaginário do comum mortal do que propriamente praticadas com a regularidade com que se desejaría. Ainda mais para um homem só como eu.
Despedem-se. Longamente.
E agora que terminaram e ela está sózinha, deve ter lembrado do recato. Correu os cortinados e apagou a luz.

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