NSempre me fascinou a vida dos outros para lá das cortinas entreabertas ou do recorte dos corpos à noite, com a luz dos candeeiros a revelar-lhes os movimentos.
Imagine-se que da minha janela assisto a um filme contínuo onde os actores se sucedem sem o protagonismo estanque de uma película. Não há guião, é tudo de improviso.Tanto posso ver uma cena de sexo na sala como uma discussão na cozinha por o jantar se ter atrasado como uma traição prestes a ser descoberta quando o outro entra no prédio. Ele não sabe que está alguém a fazer a vez dele. Mas eu sei.
É esse o meu fascinio.E depois de alguns anos a mudar de casa e a observar os habitantes dos prédios que se alteiam na frente do meu, confesso, tornei-me obssessivo.
1 comentário:
um predio cheio de vidas
festividades.
queantas?
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